Reformas 29/09/2013
Com frequência estão
na mídia discursos enfáticos de que o Brasil precisa de reformas
politica e tributária, algo vago pois elas podem ser para melhor ou
pior. Contextualizando, quando o governo fala em reforma pretende
aumentar os impostos e seu poder, que aliás, são interdependentes.
O Poder emana da renda. Ora, a sociedade quer justamente o contrário,
portanto um ato contra o poder, em outras palavras uma revolução, o
que exige uma nova ideologia, que é sempre uma síntese da velha com
suas contradições. Seria então um pós Liberalismo que chamo de
Esplendorismo. O governo jamais estabelecerá limites para si
admitindo ser o problema por isso suas reformas são superficiais
centradas em formas de exercitar a representação como voto
distrital e financiamento das eleições. Jamais coloca em duvida a
sua capacidade de intervir e o direito de impor tributos. Sendo
pragmático, vou passear por algumas ideias para se pensar para o
futuro, quando o caos se estabelecer, lembrando o poeta espanhol
Antônio Machado: “caminhante, não há caminho, o caminho se faz
ao caminhar”. Imagino a sociedade dividida em três setores:
Produção, Estado Serviçal e Seguridade Social. A Produção, se
sabe, é auto gerida, se realiza em âmbito privado e se relaciona
através do mercado. Não necessita de Governos. O mando que existe
nas empresas privadas não é relação de poder, já que o trabalho
é comprado e as empresas se responsabilizam pelos resultados. Para
estabelecer limites e normas técnicas, sociais e ambientais para
implantação e funcionamento da atividade produtiva penso um
Colegiado composto de representantes por empresa, de patrões e
empregados. A educação escolar de jovens, no máximo até 15
anos,que teria que prepará-los para o trabalho, seria
responsabilidade deste setor, e custeada por ele. Também seriam os
seguros relacionados a interrupção do trabalho. O Estado Serviçal,
como segundo setor, seria uma entidade publica prestadora de serviços
centrada no município, que cuidaria das partes comuns, algo como um
sindico, e que seria impedida de intervir no direito e na economia,
muito menos conhecer e invadir a renda e a casa dos indivíduos, como
faz hoje, para impor tributos. Sem poder deve se validar pela
competência não pela força, pois a força faz injustiça, nem
mesmo impor contribuições. Ou se acredita em liberdade de todos ou
se vai ter que acreditar em alguns poucos desses todos, e as escolhas
não têm sido felizes. Os serviços seriam os de criar regras e
orientar a organização do trânsito de pessoas e veículos,
preocupação com a infraestrutura viária e planejamento
habitacional da cidade, a começar pelo tamanho da cidade, que,
quando possível, seria de no máximo 700 mil habitantes, porque
grandes cidades terão grandes Serviçais, apesar dos limites de
receita, o que permite distorções, alem de que, a gestão é mais
difícil e mais cara. A Seguridade Social única para todos, também
um serviço publico, comporia o terceiro setor e cuidaria dos
cidadãos fora da atividade de trabalho, principalmente de
aposentadorias, salários desemprego, e assistência social para
renda minima. As Publicas, Serviçal e Seguridade, independentes
entre si, teriam cada qual seu estatuto que seriam estabelecidos por
um sistema legislativo composto por centenas de grupos como igrejas,
clubes, empresas, etc. A preocupação principal é manter as
Publicas pequenas, com limites e com poucas funções para que possam
ser controladas influindo pouco. Seus estatutos, nos seus primeiros
itens, os mais importantes, devem ser contábeis para indicarem o
tamanho da receita, como agir em caso de déficits, pois não se pode
admitir endividamento, ou superávits para devolução de receita.
Também indicaria o percentual da receita por tipos de serviços,
critério de emissão de dinheiro, etc. Penso que a receita total
das Publicas não deve ser maior que 15% do PIB,clausula pétrea,
coletada no município. O Colegiado também indicaria e poderia
destituir os gestores das Publicas. Uma sociedade farta e justa
tende a não ter corrupção e transgressão. Nos casos raros o
Colegiado montaria um tribunal pois todos estão aptos a julgar.
Espera-se que com esses limites de Poder, portanto aumento da
eficiência da sociedade, pois não há controle de pessoas, ela
cresça mais que 12% a.a. Importante: essa eficiência social é a
única maneira de levar bem estar a todos sem esgotamento de matéria
prima e do meio ambiente.
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